Trump aumenta as tarifas sobre o aço para 50%: o conflito comercial ameaça atingir novos níveis!
Em 31 de maio de 2025, o presidente dos EUA, Trump, anunciou uma duplicação das tarifas do aço para 50%, a fim de proteger a indústria nacional.

Trump aumenta as tarifas sobre o aço para 50%: o conflito comercial ameaça atingir novos níveis!
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a duplicação das tarifas do aço para 50 por cento num discurso aos funcionários de uma empresa siderúrgica na Pensilvânia. Isto representa uma medida crucial para fortalecer a indústria siderúrgica nacional. As tarifas sobre as importações de aço são atualmente de 25%. Trump chamou as tarifas de sua “palavra absolutamente favorita” e justificou o aumento com a necessidade de proteger a segurança nacional dos EUA. No entanto, esta medida poderá tornar a importação de produtos siderúrgicos significativamente mais difícil e levar a discussões ainda mais tensas no comércio internacional.
As novas tarifas inserem-se num contexto já marcado por diversos desafios jurídicos. As tarifas anunciadas são examinadas quanto à sua legalidade em vários processos judiciais, mas as tarifas mais elevadas do aço não estão sujeitas a estes processos. Parceiros comerciais como a China e a União Europeia são particularmente afetados por estas medidas. A UE está atualmente a lutar para negociar com os EUA, a fim de neutralizar potenciais conflitos comerciais através de novos acordos comerciais. Trump também suspendeu as ameaças de tarifas adicionais sobre as importações da UE até ao início de julho, para não pôr em perigo o processo de negociação.
Tarifas adicionais e conflitos comerciais
As tarifas de importação de aço e alumínio de 25 por cento entraram em vigor em 12 de março de 2025, com exceções para produtos da UE e de outros países sendo suspensas. Trump argumenta que as importações excessivas ameaçam a segurança nacional dos EUA. Ele critica particularmente a situação com a China, que é acusada de inundar o mercado com metal barato. Com cerca de 40% do alumínio utilizado e um quarto do aço utilizado importados do exterior, os Estados Unidos dependem fortemente de fornecedores estrangeiros. Os principais fornecedores de aço são Canadá, Brasil e México, enquanto Alemanha e China estão entre os 10 primeiros.
Trump também anunciou que aumentará as tarifas sobre as importações de aço e alumínio do Canadá para 50% em resposta a um aumento de preços nas exportações de electricidade do Canadá. No entanto, no desenvolvimento mais recente, Ontário suspendeu estes aumentos após negociações, o que significa que as tarifas de 25 por cento do Canadá continuarão inicialmente a ser aplicadas. Estas mudanças constantes e a ameaça de contramedidas por parte da UE poderão em breve conduzir a um grave conflito comercial.
O contexto do protecionismo
As políticas de Trump representam um retrocesso significativo na história do comércio livre, uma vez que as tarifas foram reduzidas em todo o mundo para liberalizar o comércio desde a década de 1950. No entanto, as medidas protecionistas, como as tarifas agora anunciadas, estão novamente em alta. O sucesso da globalização reduziu as barreiras comerciais, promovendo a prosperidade e o crescimento em muitos países. Os especialistas temem que o aumento das tarifas de Trump possa levar a um conflito comercial global, o que também poderá causar desvantagens económicas para os EUA, uma vez que as tarifas podem aumentar os preços para os consumidores.
O princípio do tratamento da nação mais favorecida, que se aplica no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), só permite o aumento das tarifas em condições especiais. Esta evolução alimenta ainda mais o proteccionismo, enquanto a análise económica sugere que as tarifas podem ter efeitos negativos a longo prazo na economia e no mercado de trabalho. A criação de uma ordem comercial estável após a Segunda Guerra Mundial teve como objetivo reduzir tarifas e promover a circulação internacional de mercadorias. No entanto, as ações de Trump parecem ter exatamente o efeito oposto, representando um desafio para a arquitetura do comércio global.